CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 796
O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Tutela Provisória: O Que Fazer Quando o Tempo é Urgente

O Código de Processo Civil prevê em seu artigo 796 uma ferramenta poderosa chamada tutela provisória. Essa ferramenta é utilizada em situações onde há urgência e a decisão final sobre um processo pode demorar demais, prejudicando o direito de uma das partes.

Imagine que você está passando por uma situação em que precisa de uma decisão rápida do juiz para evitar um dano irreparável ou garantir a eficácia de uma futura sentença. É exatamente para esses casos que a tutela provisória foi criada.

Duas Formas de Atuar: Urgência e Evidência

A tutela provisória se divide em duas modalidades principais:

  • Tutela de Urgência: Esta modalidade é para situações em que há um perigo de dano real e iminente. Se o juiz não agir rapidamente, a situação pode se agravar ou até mesmo se tornar impossível de reverter depois. Pense em um caso onde uma pessoa precisa urgentemente de um medicamento que está sendo negado pelo plano de saúde, ou onde um bem está prestes a ser vendido sem motivo justo.

    A tutela de urgência pode ser:

    • Cautelar: Serve para assegurar ou preservar um direito. Ela busca manter as coisas como estão ou evitar que algo aconteça até que a decisão final seja tomada. É como um "seguro" para o seu direito.
    • Antecipada: Serve para adiantar os efeitos da decisão final. O juiz decide, de forma provisória, que algo que você está pedindo na ação principal já deve ser concedido agora, pois a demora na decisão final seria prejudicial.
  • Tutela de Evidência: Esta modalidade é para casos onde o direito da parte é tão claro e evidente que não há necessidade de demonstrar urgência. A simples demonstração de que o seu direito é forte e está sendo violado já pode justificar a concessão da tutela. Um exemplo seria quando há uma decisão judicial anterior que já reconhece o seu direito, e a outra parte está agindo de forma contrária a essa decisão.

O Que o Juiz Precisa Ver?

Para que o juiz conceda uma tutela provisória, ele geralmente vai analisar dois pontos fundamentais:

  1. Probabilidade do direito: O juiz precisa verificar se há uma boa chance de você ter o direito que alega. Isso significa que você deve apresentar provas suficientes que convençam o juiz sobre a sua razão.
  2. Perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (no caso da urgência): No caso da tutela de urgência, é crucial demonstrar que a demora na decisão pode causar um prejuízo grave e difícil de reparar. Já na tutela de evidência, a própria clareza do direito é o fator determinante.

Em Resumo:

O artigo 796 do Código de Processo Civil nos mostra que o sistema judiciário possui mecanismos para agir rapidamente quando a situação exige. A tutela provisória é uma ferramenta essencial para garantir que a justiça seja feita em tempo hábil, protegendo os direitos das pessoas e evitando que elas sofram prejuízos irreparáveis enquanto o processo tramita. É a demonstração de que o direito não é apenas sobre o que é decidido no final, mas também sobre como proteger e garantir que essa decisão possa ser efetiva.