CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 394
A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

O que é a Coisa Julgada e como ela funciona?

O Artigo 394 do Código de Processo Civil (CPC) trata de um dos princípios mais importantes do nosso sistema jurídico: a coisa julgada. Em termos simples, a coisa julgada impede que um processo judicial já decidido, com uma sentença final, seja reaberto e discutido novamente. É como se o juiz dissesse: "Essa questão já foi resolvida e não pode mais ser alterada".

Por que isso é importante?

A coisa julgada garante a segurança jurídica. Imagine o caos se as decisões judiciais pudessem ser contestadas indefinidamente. Ninguém saberia quais direitos são realmente seus e quais obrigações são definitivas. A coisa julgada traz estabilidade às relações jurídicas e à paz social.

Quando a coisa julgada acontece?

A coisa julgada se forma quando uma decisão judicial se torna imexcutível. Isso ocorre, em regra, após o esgotamento de todos os recursos cabíveis em um processo. Ou seja, quando não há mais como pedir para outro juiz ou tribunal reanalisar a decisão.

Tipos de Coisa Julgada:

Existem duas formas principais de coisa julgada:

  • Coisa Julgada Formal: Ocorre quando a lei não permite mais a discussão sobre a questão julgada. Mesmo que existam erros na decisão, ela se torna imutável naquele processo.
  • Coisa Julgada Material: É a mais forte. A decisão se torna imutável não apenas dentro do processo em que foi proferida, mas também impede que a mesma questão seja discutida em qualquer outro processo futuro, mesmo entre as mesmas partes.

O que a coisa julgada não impede?

Apesar de sua força, a coisa julgada não é absoluta. Em casos excepcionais e previstos em lei, é possível contestar uma decisão que já transitou em julgado. Uma das formas mais conhecidas é a ação rescisória, que permite desconstituir uma decisão transitada em julgado se for provado que houve algum vício grave em seu julgamento, como dolo, fraude, corrupção, ou se a decisão contrariar manifestamente um texto de lei.

Em resumo:

A coisa julgada é um pilar do nosso ordenamento jurídico, garantindo que as decisões judiciais sejam definitivas e não fiquem indefinidamente sujeitas a questionamentos. Ela traz a necessária estabilidade e previsibilidade para a vida em sociedade.