CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 232
Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Prova Ilícita no Processo Civil: O Art. 232 do CPC

O artigo 232 do Código de Processo Civil (CPC) trata de uma questão fundamental para a justiça e a lisura do processo: a prova ilícita. Em termos simples, essa norma estabelece que um ato processual será considerado nulo se for praticado em violação a normas estabelecidas em lei.

O que significa "prova ilícita"?

Uma prova é considerada ilícita quando é obtida ou produzida de forma contrária ao ordenamento jurídico. Isso abrange diversas situações, como:

  • Violação de direitos fundamentais: Obtenção de provas mediante tortura, coação, espionagem ilegal, ou qualquer outra forma que viole a privacidade, a intimidade, a honra ou a imagem das pessoas.
  • Descumprimento de normas legais: Uso de métodos não autorizados por lei para coletar informações, como gravações clandestinas sem consentimento, interceptações telefônicas ilegais, ou a obtenção de documentos por meios fraudulentos.
  • Ato que a própria lei proíbe: Certas provas são expressamente proibidas por lei, como depoimentos de testemunhas impedidas de depor em determinados casos.

Consequências da Prova Ilícita:

A principal consequência da prova ilícita, conforme o artigo 232, é a sua nulidade. Isso significa que essa prova não pode ser utilizada pelo juiz para formar a sua convicção e decidir o caso. Ela é desconsiderada e não tem qualquer valor probatório.

Importância da Norma:

A proibição da prova ilícita é um pilar do Estado Democrático de Direito e garante:

  • O respeito aos direitos humanos: Protege os cidadãos de métodos arbitrários e invasivos na busca pela verdade.
  • A lisura do processo: Assegura que a decisão judicial seja baseada em meios legítimos e justos, fortalecendo a confiança no sistema judiciário.
  • A imparcialidade do juiz: Evita que o julgador seja influenciado por informações obtidas de forma ilegal, preservando a objetividade da decisão.

Em suma, o artigo 232 do CPC atua como um guardião da legalidade e da moralidade dentro do processo civil, impedindo que a busca pela verdade se sobreponha aos direitos fundamentais e às normas que regem a produção probatória.