CÓDIGO CIVIL
Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002.
Artigo 711
Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de negócios do mesmo gênero, à conta de outros proponentes.

710
ARTIGOS
712
 
 
 
Resumo Jurídico

Ações Reais e Pessoais: Limites e Extensão no Tempo

O artigo 711 do Código Civil brasileiro trata de uma matéria fundamental no direito civil: a prescrição, ou seja, o prazo legal para o exercício de um direito. Especificamente, ele estabelece um limite temporal para a propositura de duas categorias de ações: as ações reais e as ações pessoais.

Em termos simples:

  • Ações Reais: São aquelas que visam proteger um direito sobre uma coisa (um bem). Pense, por exemplo, em uma ação para reivindicar a propriedade de um imóvel que foi tomado indevidamente.
  • Ações Pessoais: São aquelas que visam exigir o cumprimento de uma obrigação de uma pessoa contra outra. Um exemplo clássico é uma ação de cobrança de uma dívida.

O Que o Artigo 711 Estabelece:

O artigo 711, ao se referir a outras normas, delimita que os prazos prescricionais para as ações reais e pessoais não poderão exceder os vinte anos, quando se tratar de direitos reais, e dez anos, quanto se tratar de direitos pessoais.

Por Que Isso é Importante?

A prescrição tem um duplo papel:

  1. Segurança Jurídica: Ela traz estabilidade às relações jurídicas. Após um determinado período, uma pessoa não pode mais ser cobrada por uma dívida antiga ou ter seu direito de propriedade questionado indefinidamente.
  2. Princípio da Prova: Com o passar do tempo, torna-se mais difícil para as partes comprovar os fatos que fundamentam seus direitos. A prescrição incentiva que os direitos sejam exercidos enquanto as provas ainda estão acessíveis.

Em Resumo:

O artigo 711 do Código Civil estabelece um limite máximo para os prazos prescricionais. Ou seja, mesmo que uma lei específica preveja um prazo maior para certas ações reais ou pessoais, esse prazo nunca poderá ultrapassar os vinte anos para as ações reais e dez anos para as ações pessoais. Essa norma visa garantir a estabilidade e a certeza nas relações jurídicas, impedindo que direitos e obrigações fiquem indefinidamente sujeitos a questionamentos.