CÓDIGO CIVIL
Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002.
Artigo 1858
O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo.

 
 
 
Resumo Jurídico

Do Comodato e Suas Regras Essenciais

O artigo 1858 do Código Civil estabelece os pilares fundamentais do contrato de comodato, uma modalidade de empréstimo em que uma parte (o comodante) cede gratuitamente à outra (o comodatário) o uso de um bem, seja ele móvel ou imóvel, com a obrigação de devolvê-lo ao final do prazo estipulado.

Características Principais:

  • Gratuidade: A característica primordial do comodato é a ausência de remuneração. O comodatário utiliza o bem sem qualquer custo para o comodante.
  • Obrigatoriedade de Devolução: O contrato de comodato impõe ao comodatário o dever de restituir o mesmo bem emprestado ao término do prazo acordado, ou quando solicitado pelo comodante, caso o prazo não tenha sido previamente definido.
  • Foco no Uso: O comodato se refere especificamente ao empréstimo de uso do bem, não à sua propriedade. O comodatário tem a posse direta e o direito de usar o bem, mas não de dispor dele.

Deveres do Comodatário:

Além da devolução do bem, o comodatário assume responsabilidades cruciais, como:

  • Conservação: O comodatário deve zelar pela conservação do bem, como se fosse seu, empregando a diligência necessária para evitar danos ou deterioração.
  • Responsabilidade por Danos: Em caso de danos causados ao bem por sua culpa, o comodatário será responsabilizado por sua reparação.
  • Uso Adequado: O comodatário deve utilizar o bem estritamente para o fim a que se destina, conforme acordado no contrato.

Extinção do Comodato:

O contrato de comodato pode ser extinto nas seguintes situações:

  • Término do Prazo: Ao final do prazo estipulado para o empréstimo.
  • Solicitação do Comodante: Caso o prazo não tenha sido definido, o comodante pode solicitar a devolução a qualquer momento, desde que respeite os usos e costumes e a natureza do bem.
  • Morte do Comodatário: Em geral, o contrato se extingue com o falecimento do comodatário, salvo disposição em contrário.

Compreender estas regras é essencial para garantir a segurança jurídica de ambas as partes em um contrato de comodato, evitando conflitos e assegurando o bom cumprimento das obrigações assumidas.