ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990.
Artigo 131
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

A Adoção e a Proteção Integral: Entendendo o Artigo 131 do Estatuto da Criança e do Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece um conjunto de normas fundamentais para garantir os direitos e a proteção integral de crianças e adolescentes em território brasileiro. Dentre seus artigos, o de número 131 desempenha um papel crucial ao detalhar as formalidades e os requisitos necessários para a adoção, um dos institutos jurídicos mais importantes para a constituição de uma nova família e para o resguardo do direito à convivência familiar.

O Que o Artigo 131 Determina?

Em sua essência, o artigo 131 do ECA estabelece que a adoção só se torna juridicamente válida e produz seus efeitos após a sentença judicial transitada em julgado. Isso significa que não basta apenas a vontade das partes envolvidas ou um acordo informal. É preciso que o Poder Judiciário, após analisar criteriosamente o caso, decrete a adoção e que essa decisão não possa mais ser objeto de recurso.

Pontos Chave para Entender:

  • Formalidade Essencial: A sentença judicial é o ato formal que confere legalidade à adoção. Sem ela, a adoção não existe perante a lei.
  • Transitada em Julgado: Este termo técnico se refere ao momento em que a decisão judicial se torna definitiva, ou seja, não há mais possibilidade de ser modificada por recursos. Isso garante segurança jurídica para todos os envolvidos, especialmente para a criança ou adolescente adotado.
  • Proteção ao Adotado: A exigência da sentença judicial transitada em julgado visa, primordialmente, proteger a criança ou adolescente. Garante que a adoção seja uma decisão ponderada, que atenda aos seus melhores interesses, e impede que haja instabilidade ou questionamentos futuros sobre seu novo vínculo familiar.
  • Constituição de Nova Família: A partir da sentença transitada em julgado, a criança ou adolescente adotado passa a ter todos os direitos e deveres de um filho, com os pais adotivos assumindo todas as responsabilidades legais e afetivas. O vínculo de filiação com a família de origem, na maioria dos casos, é rompido.

Em Resumo:

O artigo 131 do ECA deixa claro que a adoção é um processo legal rigoroso, com o objetivo de assegurar a estabilidade e o bem-estar da criança ou adolescente. Somente após a confirmação judicial final, através de uma sentença transitada em julgado, é que a adoção se consolida, permitindo a formação de um novo e permanente vínculo familiar, sempre pautado pela proteção integral que é um dos pilares do Estatuto.