CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Lei Nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966.
Artigo 191
A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Artigo 191-A
A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

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Resumo Jurídico

Art. 191 do Código Tributário Nacional: A Proibição do Uso Indevido da Concessão de Direitos

O artigo 191 do Código Tributário Nacional (CTN) estabelece uma regra fundamental para a administração tributária e para os contribuintes: a proibição de utilizar, em benefício próprio ou de terceiros, de maneira indevida, a concessão de isenção ou anistia.

Em termos simples, esse artigo visa impedir que a dispensa de tributos (isenção) ou o perdão de multas (anistia) sejam aproveitados de forma fraudulenta ou em desacordo com os objetivos que levaram à sua concessão.

O que significa "uso indevido"?

O uso indevido ocorre quando o benefício fiscal, seja a isenção ou a anistia, é obtido ou utilizado em contrariedade à lei que o instituiu. Alguns exemplos comuns de uso indevido incluem:

  • Obtenção de isenção com base em informações falsas ou documentos adulterados: Se um contribuinte declara possuir as condições necessárias para usufruir de uma isenção, mas na realidade não as cumpre, está utilizando o benefício de forma indevida.
  • Desvio da finalidade da isenção: Algumas isenções são concedidas para incentivar determinados setores da economia ou para beneficiar grupos específicos. Utilizar essa isenção para obter vantagens em atividades não contempladas pela legislação seria um uso indevido.
  • Aproveitamento de anistia para dívidas que não se enquadram: A anistia geralmente abrange multas de infrações específicas. Tentar obter o perdão de multas que não se enquadram nas hipóteses legais seria um uso indevido.
  • Transferência indevida do benefício: Se a isenção ou anistia é pessoal e intransferível, sua transferência para terceiros constitui uso indevido.

Consequências do Uso Indevido:

Quando a administração tributária constata o uso indevido de uma concessão de isenção ou anistia, as consequências podem ser severas. O contribuinte poderá ser obrigado a:

  • Pagar o tributo devido: A isenção será revogada, e o contribuinte terá que recolher o valor integral do imposto que deveria ter sido pago.
  • Pagar multas e juros: Além do tributo principal, serão aplicadas as multas e os juros correspondentes às infrações cometidas.
  • Sufrer sanções administrativas: Em casos mais graves, podem haver outras sanções administrativas previstas em legislação específica.

Importância do Artigo 191:

Este artigo é de extrema importância para garantir a isonomia tributária e a efetividade do sistema fiscal. Ele assegura que os benefícios fiscais sejam utilizados para os fins a que se destinam, evitando que contribuintes mal-intencionados se aproveitem do sistema em detrimento daqueles que cumprem regularmente suas obrigações.

Para os contribuintes, o artigo 191 serve como um alerta para a importância de compreender e cumprir rigorosamente as condições estabelecidas nas leis que concedem isenções e anistias. Em caso de dúvida, é sempre recomendável buscar orientação jurídica ou contábil para evitar incorrer em irregularidades.