CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 779
A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;

II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;

III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;

IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;

V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;

VI - o responsável tributário, assim definido em lei.


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Resumo Jurídico

A Efetividade da Execução: Garantindo o Cumprimento das Decisões Judiciais

O artigo 779 do Código de Processo Civil estabelece as bases para a efetividade da execução civil, garantindo que as decisões judiciais, que determinam o cumprimento de obrigações, sejam de fato cumpridas. Em termos simples, este artigo define quem tem o direito de pedir a execução e em quais situações isso pode ocorrer.

Quem pode iniciar a execução?

De acordo com o artigo, a execução pode ser requerida:

  • Pelo credor: Ou seja, a pessoa que tem um direito reconhecido em uma decisão judicial e que busca receber aquilo que lhe é devido.
  • Por seus sucessores: Caso o credor original faleça, seus herdeiros ou sucessores legais podem dar continuidade ao processo de execução.
  • Pelo Ministério Público: Em casos específicos previstos em lei, onde há interesse público ou a proteção de direitos coletivos.

Em quais situações a execução é possível?

A execução se torna possível quando há um título executivo judicial que comprove a obrigação do devedor. Esses títulos são a prova concreta de que uma determinada obrigação deve ser cumprida. As situações mais comuns em que a execução é cabível incluem:

  • Sentenças: Decisões proferidas ao final de um processo judicial que reconhecem um direito e determinam um fazer, não fazer, dar ou pagar.
  • Decisões interlocutórias: Decisões tomadas durante o curso do processo que resolvem questões incidentais, mas que possuem força executiva em determinados casos.
  • Acordos homologados judicialmente: Quando as partes chegam a um acordo e este é validado por um juiz, tornando-se um título executivo.

Em suma, o artigo 779 é fundamental para o sistema de justiça, pois ele assegura que as decisões proferidas pelos tribunais não se tornem meros documentos sem valor prático. Ele confere ao credor a ferramenta legal necessária para buscar o cumprimento forçado daquilo que lhe é devido, garantindo assim a ordem jurídica e a pacificação social.