CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 747
A interdição pode ser promovida:
I - pelo cônjuge ou companheiro;

II - pelos parentes ou tutores;

III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;

IV - pelo Ministério Público.

Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a petição inicial.


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Resumo Jurídico

Artigo 747 do Código de Processo Civil: Protegendo Pessoas em Situações de Vulnerabilidade

O artigo 747 do Código de Processo Civil (CPC) trata de um tema de extrema relevância social e jurídica: a proteção de pessoas que, por diversas razões, necessitam de assistência em seus direitos. Ele estabelece as bases para a criação de curadorias especiais, um mecanismo legal destinado a garantir que indivíduos incapazes de defender seus próprios interesses tenham representação adequada em juízo.

Para quem se destina essa proteção?

O artigo 747 detalha os casos em que a curadoria especial pode ser nomeada. Essencialmente, ela se aplica a situações em que a pessoa:

  • Está ausente e não tem representante legal: Isso inclui casos em que a pessoa desapareceu e não nomeou ninguém para cuidar de seus assuntos.
  • É ré em ação e não tem advogado: Quando alguém é processado e não possui um defensor constituído (particular ou público), o Estado providencia um curador especial para representá-lo, assegurando o direito de defesa.
  • Tem interesse público relevante: Em certas situações, quando há um interesse público em jogo que pode ser prejudicado pela falta de representação de uma parte, o juiz pode nomear um curador especial.

Qual a função do Curador Especial?

O curador especial nomeado por força deste artigo tem uma função crucial: representar os interesses da pessoa em juízo. Ele atua como um defensor, garantindo que os direitos da pessoa ausente ou não representada sejam devidamente considerados e protegidos durante o processo judicial. Sua atuação é fundamental para garantir a igualdade de armas no processo e para evitar que a falta de capacidade de defesa de uma parte prejudique a justiça da decisão final.

Por que essa proteção é importante?

O artigo 747 reflete um princípio fundamental do direito: a necessidade de proteger os mais vulneráveis. Pessoas ausentes ou sem representação legal correm o risco de ter seus direitos violados ou ignorados em um processo judicial. A curadoria especial garante que essas pessoas tenham uma voz no tribunal, mesmo que não possam expressá-la diretamente, assegurando o devido processo legal e a busca pela verdade e pela justiça.

Em suma, o artigo 747 do CPC é um instrumento vital para a garantia de direitos e para a promoção da justiça, assegurando que a ausência ou a incapacidade de defesa de uma parte não se torne um obstáculo intransponível para a proteção de seus interesses em um processo judicial.