CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 727
Também poderá o interessado interpelar o requerido, no caso do art. 726 , para que faça ou deixe de fazer o que o requerente entenda ser de seu direito.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Desistência da Execução: Um Guia Essencial

A desistência da execução é um ato processual de grande relevância, permitindo ao exequente (quem busca a satisfação de um direito em juízo) renunciar ao seu pedido antes que a execução seja integralmente cumprida. Este artigo detalha as condições e consequências dessa decisão.

Quando o Exequente Pode Desistir?

O exequente tem a prerrogativa de desistir da execução a qualquer momento. No entanto, essa desistência só produzirá efeitos se for:

  • Aceita pelo Executado: A desistência, para ser válida, precisa da concordância do executado (aquele contra quem a execução é movida). Isso se deve ao fato de que a execução impõe ônus e restrições ao executado, e sua anuência garante que ele não será mais submetido a tais medidas sem sua vontade.

Exceções à Regra da Aceitação:

Existem situações em que a desistência do exequente independe da concordância do executado:

  • Quando a Execução Ainda Não Foi Citada: Se o executado ainda não foi formalmente comunicado sobre o início do processo de execução (ainda não houve a citação), o exequente pode desistir livremente, sem a necessidade de qualquer manifestação do executado. A razão é que, nesta fase, o executado ainda não foi formalmente envolvido no processo, e portanto, não suporta nenhum ônus decorrente da execução.
  • Quando Houve Aceitação Tácita do Executado: Mesmo que o executado não tenha manifestado expressamente sua concordância, sua anuência pode ser presumida em determinadas circunstâncias, como ao apresentar defesa nos autos, o que de certa forma indica uma participação no processo e, indiretamente, uma aceitação das suas consequências, incluindo a possibilidade de uma futura desistência.

Importância do Procedimento:

O cumprimento rigoroso dessas regras garante a segurança jurídica e o respeito aos direitos das partes envolvidas. A desistência, quando válida, extingue o processo de execução, liberando o executado de quaisquer obrigações e restrições que dele decorressem.