CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 558
Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput , será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.


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Resumo Jurídico

Mandado de Injunção: Protegendo Direitos na Ausência de Norma Regulamentadora

O artigo 558 do Código de Processo Civil (CPC) trata de uma ferramenta jurídica essencial: o mandado de injunção. Em termos simples, ele garante que direitos fundamentais previstos na Constituição, mas que ainda não possuem uma lei específica para sua regulamentação ou efetivação, não fiquem sem proteção.

Imagine que a Constituição garante um direito, como o acesso à saúde ou a um meio ambiente saudável, mas o poder público, por alguma razão, nunca criou uma lei detalhando como esse direito deve ser exercido ou garantido. Nesse cenário, o cidadão que se sente prejudicado pela falta dessa regulamentação pode recorrer ao mandado de injunção.

O que o artigo 558 permite?

Basicamente, o mandado de injunção permite que uma pessoa, que se encontra em uma situação concreta de necessidade, ingresse com uma ação judicial para requerer que o órgão competente adote as medidas necessárias para tornar um direito constitucional efetivo.

Quem pode pedir?

Qualquer pessoa física ou jurídica que se sentir prejudicada pela ausência de uma norma regulamentadora de um direito constitucional.

Quem é o responsável?

A autoridade pública que tem o dever legal de editar a norma que está faltando. Por exemplo, se um direito previsto na Constituição depende de uma regulamentação por parte de um Ministro de Estado, ele será a autoridade coatora.

Como funciona?

Ao receber um mandado de injunção, o juiz ou tribunal irá analisar se o direito constitucional alegado realmente existe e se a ausência da norma regulamentadora está impedindo seu exercício. Caso positivo, o órgão julgador poderá determinar que a autoridade responsável adote as providências para suprir a omissão, seja estabelecendo um prazo para a edição da lei ou, em alguns casos, determinando a aplicação de normas já existentes que possam, de forma análoga, garantir o direito.

Importância:

O mandado de injunção é um importante instrumento para garantir a supremacia da Constituição e a efetividade dos direitos fundamentais, impedindo que a inércia do poder público prejudique os cidadãos. Ele assegura que, mesmo na ausência de uma lei específica, os direitos garantidos aos brasileiros não se tornem letra morta.