CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de Maio de 1943.
Artigo 719
Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores;

b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados.

Parágrafo único. - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.


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Resumo Jurídico

Artigo 719 da CLT: A Busca por Justiça e a Conciliação em Casos Trabalhistas

O Artigo 719 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) trata de um aspecto fundamental no andamento dos processos trabalhistas: a possibilidade de acordos e a consequente extinção do processo. Em termos simples, ele estabelece que, a qualquer tempo, as partes envolvidas em uma disputa judicial na Justiça do Trabalho podem chegar a um acordo para encerrar a lide.

O que isso significa na prática?

Imagine que um empregado moveu uma ação contra seu antigo empregador, cobrando verbas rescisórias e horas extras. Durante o trâmite do processo, ambas as partes percebem que, através de negociação, podem encontrar uma solução que satisfaça, em parte ou totalmente, os interesses de cada um. O Artigo 719 entra em cena para viabilizar e dar validade jurídica a essa tentativa de conciliação.

Pontos Chave do Artigo 719:

  • Liberdade para Acordar: As partes têm a liberdade de, a qualquer momento, formalizar um acordo para resolver o conflito. Isso pode ocorrer desde o início do processo até mesmo após uma decisão judicial ter sido proferida (embora com algumas nuances e custos diferentes).
  • Homologação Judicial: Para que o acordo tenha força de lei e encerre definitivamente o processo, ele precisa ser apresentado ao juiz responsável pela causa. O magistrado analisará se o acordo atende aos requisitos legais e se não há vícios que o invalidem. Uma vez homologado, o acordo se torna título executivo judicial.
  • Extinção do Processo: Com a homologação do acordo, o processo é extinto. Isso significa que a disputa judicial chega ao fim, e as obrigações pactuadas entre as partes passam a ser cumpridas.
  • Eficiência e Celeridade: O Artigo 719 incentiva a conciliação como uma forma de agilizar a resolução de conflitos. Acordos tendem a ser mais rápidos e menos onerosos do que a continuidade de um longo processo judicial, beneficiando tanto as partes quanto o próprio Judiciário.
  • Garantia de Direitos: Embora o acordo implique em uma concessão mútua, é crucial que ele não viole direitos trabalhistas mínimos garantidos por lei. O juiz, ao homologar, zela para que não haja renúncia a direitos indisponíveis ou práticas abusivas.

Educação Jurídica:

Em um contexto jurídico, o Artigo 719 da CLT é um reflexo da filosofia de que a justiça deve ser acessível e eficiente. Ele empodera as partes, permitindo que elas mesmas encontrem a melhor solução para seus impasses, com o respaldo do Poder Judiciário. A conciliação, quando bem conduzida, pode significar economia de tempo e recursos, além de preservar relações quando possível.

É importante ressaltar que a busca por um acordo deve ser feita de maneira informada. Em muitas situações, a assistência de um advogado é fundamental para garantir que o acordo seja justo, equilibrado e juridicamente válido.