Resumo Jurídico
Recurso Extraordinário: A Garantia de Revisão Constitucional
O artigo 119 da Constituição Federal estabelece um importante mecanismo para a defesa da ordem constitucional, permitindo que decisões judiciais que contrariem preceitos fundamentais da Carta Magna possam ser submetidas à análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse recurso, conhecido como Recurso Extraordinário, visa assegurar a uniformidade da interpretação constitucional em todo o território nacional.
Quem pode interpor o Recurso Extraordinário?
Podem interpor o Recurso Extraordinário as partes de um processo judicial, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas, quando se sentirem lesadas por uma decisão judicial que, em sua avaliação, viole a Constituição.
Em quais casos é possível recorrer?
O Recurso Extraordinário é cabível nas seguintes situações, entre outras:
- Violação direta de um dispositivo constitucional: Quando a decisão judicial contrariar expressamente um artigo, inciso ou parágrafo da Constituição.
- Controvérsia sobre matéria constitucional: Quando houver divergência entre tribunais sobre a interpretação de uma norma constitucional.
- Decisão que declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal: Se uma decisão judicial declarar que um tratado ou lei federal é incompatível com a Constituição.
Qual o objetivo do Recurso Extraordinário?
O principal objetivo do Recurso Extraordinário é garantir que as leis e os atos normativos inferiores estejam em conformidade com a Constituição Federal. Ao permitir que o STF revise essas decisões, busca-se:
- Preservar a supremacia da Constituição: Assegurar que nenhum outro texto legal ou decisão judicial se sobreponha às normas constitucionais.
- Promover a segurança jurídica: Garantir que as interpretações constitucionais sejam consistentes em todo o país.
- Proteger direitos fundamentais: Assegurar que os direitos e garantias previstos na Constituição sejam efetivamente respeitados.
O que acontece após a interposição do Recurso Extraordinário?
Uma vez interposto o Recurso Extraordinário, o STF irá analisar se o recurso preenche os requisitos legais para ser admitido. Caso seja admitido, o Tribunal julgará o mérito do recurso, podendo confirmar a decisão recorrida, reformá-la ou, em casos específicos, anular o ato questionado.
Em suma, o Recurso Extraordinário, regulamentado pelo artigo 119 da Constituição, é uma ferramenta essencial para a manutenção do Estado Democrático de Direito, permitindo que o Poder Judiciário, em última instância, atue como guardião da Carta Magna.