CÓDIGO CIVIL
Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002.
Artigo 872
Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta não tenha deixado bens.
Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-fazer.


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Resumo Jurídico

Resumo Jurídico: Artigo 872 do Código Civil - Ação de Perda e Gozo de Cosa Comum

O Artigo 872 do Código Civil trata de uma situação específica em que a posse de um bem, seja ele móvel ou imóvel, é compartilhada entre várias pessoas. Ele estabelece as regras para que um dos copossuidores possa exigir dos demais o uso e gozo da coisa comum, garantindo a participação equitativa e evitando a exclusão indevida de qualquer um deles.

Pontos Chave:

  • Quem pode pedir: Qualquer um dos copossuidores (aqueles que detêm a posse conjunta de um bem) tem o direito de ingressar com a ação.
  • O que pode ser pedido: O objetivo da ação é assegurar que o copossuidor que está sendo impedido de usar ou desfrutar do bem em comum possa fazê-lo. Em outras palavras, ele busca ter acesso e usufruir da coisa como os demais.
  • Contra quem: A ação é direcionada contra os outros copossuidores que estejam impedindo o requerente de exercer seus direitos sobre o bem comum.
  • Base Legal: O artigo fundamenta essa possibilidade no direito de propriedade e posse compartilhada, visando manter a harmonia e a justiça entre os envolvidos.

Como funciona na prática:

Imagine que você e mais duas pessoas são coproprietários de um sítio. Dois deles decidem usar o sítio o tempo todo, impedindo que você o visite e aproveite a área de lazer. Nesse caso, você poderia utilizar o Artigo 872 para ingressar com uma ação judicial exigindo que eles permitam seu acesso e uso do sítio, proporcionalmente à sua parte.

Importância do Artigo:

Este artigo é fundamental para:

  • Garantir a posse compartilhada: Assegura que a posse conjunta de um bem não se torne um instrumento de exclusão.
  • Promover a justiça: Evita que um copossuidor seja injustamente privado do uso e gozo daquilo que lhe pertence.
  • Resolver conflitos: Oferece uma via legal para solucionar desentendimentos sobre o uso de bens em condomínio ou copropriedade.

Em suma, o Artigo 872 do Código Civil funciona como um mecanismo de proteção para quem detém a posse de um bem em conjunto e se vê impedido de exercer seus direitos sobre ele, garantindo a participação de todos os copossuidores.