CÓDIGO CIVIL
Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002.
Artigo 328
Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Artigo 328: Preservando a Vontade do Credor em Casos de Pagamento

O artigo 328 do Código Civil trata de uma situação específica dentro do contexto do pagamento de dívidas e tem como objetivo proteger a autonomia e a liberdade de escolha do credor.

Em termos simples, ele estabelece que o pagamento deve ser feito ao credor ou a quem o represente legalmente. Ou seja, a pessoa que possui o direito de receber a dívida tem a prerrogativa de decidir para quem o pagamento será direcionado.

No entanto, o artigo vai além e define duas situações importantes:

  1. Pagamento ao credor incapaz: Se o credor for legalmente incapaz (como um menor de idade ou alguém que, por decisão judicial, não possa administrar seus bens), o pagamento deverá ser feito aos seus representantes legais (como pais ou tutores). Isso garante que o dinheiro seja administrado de forma adequada e em benefício do próprio credor.

  2. Pagamento ao credor em lugar de outro não autorizado: Se o pagamento for feito a uma pessoa que não seja o credor e nem seu representante legal, e essa quitação (o ato de pagar) não for ratificada pelo credor, o devedor não estará liberado da obrigação. Em outras palavras, o devedor ainda deverá pagar a dívida, pois o pagamento foi feito a quem não tinha o direito de receber, e o credor não concordou com essa situação.

Pontos chave para entender o artigo 328:

  • Autonomia do Credor: A principal ideia é que o credor tem o direito de escolher quem irá receber o valor devido.
  • Proteção em Casos de Incapacidade: A lei assegura que, quando o credor não pode gerenciar seus próprios bens, o pagamento seja feito a quem legalmente o representa.
  • Risco do Devedor: O devedor assume o risco de pagar a pessoa errada. Se o credor não ratificar o pagamento feito a um terceiro não autorizado, o devedor terá que pagar a dívida novamente.

Este artigo visa evitar fraudes e garantir que o pagamento de uma obrigação seja feito de forma segura e efetiva, respeitando sempre a vontade e os direitos do credor.