ESTATUTO DA ADVOCACIA E A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)
Lei Nº 8.906, de 4 de Julho de 1994.
Artigo 30
São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;

II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.

Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.


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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

O Significado do Artigo 30 do Estatuto da Advocacia e da OAB

O artigo 30 do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil trata de um direito fundamental para o exercício da profissão: a inviolabilidade do advogado.

De forma clara e educativa, este artigo estabelece que o advogado é inviolável no exercício da profissão, por seus atos e manifestações, no exercício da atividade profissional.

O que isso significa na prática?

Essa inviolabilidade garante que o advogado possa atuar na defesa dos interesses de seus clientes sem sofrer perseguições ou intimidações. Ela abrange:

  • Os atos e manifestações: Ou seja, tudo aquilo que o advogado diz, escreve ou realiza no contexto de sua atuação profissional. Isso inclui, por exemplo, petições, pareceres, sustentações orais, contatos com testemunhas ou partes, entre outros.
  • No exercício da atividade profissional: É crucial entender que a inviolabilidade não é um passe livre para qualquer conduta. Ela está estritamente ligada ao desempenho da função de advogado, defendendo os direitos e interesses de seus representados.

Qual a finalidade dessa garantia?

A inviolabilidade do advogado é um pilar essencial para a efetividade da defesa e a garantia do acesso à justiça. Ela permite que o advogado:

  • Seja um defensor leal: Sem medo de retaliações, o advogado pode apresentar todos os argumentos necessários, mesmo que polêmicos ou contrários a determinadas opiniões, em benefício de seu cliente.
  • Exerça sua função crítica: A advocacia, por natureza, envolve a análise crítica de leis, fatos e decisões, buscando a melhor solução para o caso. A inviolabilidade assegura que essa crítica possa ser feita livremente.
  • Contribua para o Estado Democrático de Direito: Ao garantir que a defesa possa ser exercida plenamente, o artigo 30 fortalece o sistema judiciário e o próprio Estado Democrático de Direito, onde o direito de defesa é um valor inalienável.

Limites e Responsabilidades

É importante ressaltar que a inviolabilidade não protege o advogado de responsabilidade por crimes comuns, excessos ou abuso de direito. A liberdade de atuação profissional não se confunde com a impunidade. Se o advogado cometer um ato ilícito ou violar as normas éticas da profissão, ele responderá por seus atos, mas essa responsabilidade não pode ser confundida com a proteção conferida pelo artigo 30.

Em suma, o artigo 30 do Estatuto da Advocacia e da OAB é um dispositivo fundamental que protege o advogado no exercício de sua nobre função, assegurando que ele possa defender seus clientes com a máxima liberdade e diligência, em benefício da justiça e da sociedade.