ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990.
Artigo 26
Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.


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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Protegendo o Direito à Informação e à Identidade: A Importância do Artigo 26 do ECA

O artigo 26 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um pilar fundamental na garantia do direito à informação e à construção da identidade para crianças e adolescentes. Ele assegura que toda criança e adolescente tem o direito de ser registrado e de ter acesso à informação sobre sua origem biológica, bem como de conhecer sua história familiar.

O que o artigo 26 garante?

Em essência, o artigo 26 do ECA consagra os seguintes direitos:

  • Direito ao Registro de Nascimento: Garante que toda criança, imediatamente após o parto, tenha seu nascimento registrado em cartório, recebendo uma certidão de nascimento. Este é o primeiro documento que formaliza a existência da criança perante a sociedade e o Estado, sendo crucial para o exercício de todos os outros direitos.
  • Direito à Informação sobre a Origem Biológica: Assegura o direito da criança e do adolescente de conhecer sua ascendência biológica. Isso significa que, quando possível e respeitadas as particularidades de cada caso, a criança tem o direito de ter acesso a informações sobre seus pais biológicos.
  • Direito ao Conhecimento da História Familiar: Amplia o direito à informação para além da origem biológica, abrangendo o direito de conhecer a própria história familiar. Isso pode incluir informações sobre avós, tios, e outros membros da família, contribuindo para a formação da identidade e do senso de pertencimento.

Por que esses direitos são importantes?

O registro de nascimento é a porta de entrada para a cidadania. Sem ele, a criança fica invisível para o Estado e pode ter dificuldades em acessar serviços básicos como saúde, educação e benefícios sociais.

O conhecimento da origem biológica e da história familiar, por sua vez, é essencial para a construção da identidade. Saber de onde se veio, quem são seus antepassados e qual a sua trajetória familiar contribui para o desenvolvimento psicológico e social da criança e do adolescente. Permite a compreensão de suas raízes, a formação de laços afetivos e a busca por um senso de pertencimento.

Em resumo:

O artigo 26 do ECA é um instrumento poderoso para proteger e promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Ao garantir o direito ao registro e o acesso à informação sobre sua origem e história familiar, ele fortalece a cidadania, a identidade e o senso de pertencimento, elementos cruciais para uma vida plena e digna. É um lembrete de que cada criança e adolescente tem o direito inalienável de saber quem é e de onde veio.