CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro DE 1941.
Artigo 771
Para execução do exílio local, o juiz comunicará sua decisão à autoridade policial do lugar ou dos lugares onde o exilado está proibido de permanecer ou de residir.
§ 1º O infrator da medida será conduzido à presença do juiz que poderá mantê-lo detido até proferir decisão.

§ 2º Se for reconhecida a transgressão e imposta, conseqüentemente, a liberdade vigiada, determinará o juiz que a autoridade policial providencie a fim de que o infrator siga imediatamente para o lugar de residência por ele escolhido, e oficiará à autoridade policial desse lugar, observando-se o disposto no art. 768.


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Resumo Jurídico

Desistência da Ação Penal: O que diz o Código de Processo Penal?

O artigo 771 do Código de Processo Penal trata de um tema importante no âmbito do direito penal: a desistência da ação penal. Em termos simples, ele estabelece as condições e as consequências quando o titular da ação penal, que geralmente é o Ministério Público, decide não prosseguir com a acusação contra o réu.

Quem pode desistir da ação penal?

É fundamental entender que a desistência da ação penal é um direito exclusivo do titular da ação penal pública. Na vasta maioria dos casos, o titular da ação penal pública é o Ministério Público. Isso significa que o juiz, o réu ou qualquer outra pessoa não podem desistir da ação penal.

O que significa desistir da ação penal?

Desistir da ação penal significa que o Ministério Público, por entender que não existem mais elementos que justifiquem a continuidade do processo (seja por falta de provas, por exemplo, ou por outras razões legais), solicita ao juiz o arquivamento do caso.

Implicações da desistência

Uma vez que o Ministério Público desiste da ação penal e essa desistência é homologada pelo juiz, o processo é encerrado. Isso significa que o réu é liberado da acusação e não poderá ser processado novamente pelos mesmos fatos e pelos mesmos fundamentos que levaram à desistência.

Em suma: o artigo 771 garante que, quando o Ministério Público decide não mais levar adiante uma acusação penal, o processo seja encerrado de forma definitiva em relação aos fatos que foram objeto da desistência. Isso impede que o réu fique em um limbo processual e assegura a aplicação de princípios como a segurança jurídica.