CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro DE 1941.
Artigo 467
Verificando que se encontram na urna as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a formação do Conselho de Sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Resumo Jurídico

Impossibilidade de Julgamento Antecipado em Algumas Situações

O artigo 467 do Código de Processo Penal estabelece uma importante limitação ao princípio do julgamento antecipado da lide, impedindo que a causa seja decidida antes mesmo do encerramento da instrução probatória em situações específicas.

Em que consiste a proibição?

A norma proíbe que o juiz profira a sentença condenatória, ou mesmo a absolutória, se houver necessidade de produção de prova para a formação do seu convencimento. Isso significa que, se para que o magistrado possa decidir de forma justa e fundamentada for indispensável a realização de alguma diligência probatória (como oitiva de testemunhas, produção de perícia, juntada de documentos, etc.), ele não poderá antecipar o julgamento.

Por que essa proibição é importante?

Esta disposição legal visa garantir a ampla defesa e o contraditório, princípios basilares do processo penal. Ao impedir o julgamento antecipado em casos onde a prova é essencial, o artigo assegura que todas as partes tenham a oportunidade de apresentar seus argumentos e elementos de convicção, permitindo que o juiz analise todas as questões relevantes antes de formar sua decisão.

Quando o julgamento antecipado é cabível?

O julgamento antecipado é permitido apenas quando os fatos que fundamentam a acusação ou a defesa forem incontroversos e a prova documental já for suficiente para a análise do mérito, não havendo necessidade de produção de outras provas. Em outras palavras, se todos os elementos necessários para a decisão já estiverem nos autos e não houver controvérsia sobre os fatos essenciais, o juiz poderá julgar o caso antecipadamente.

Em resumo:

O artigo 467 do Código de Processo Penal atua como um guardião da justiça, assegurando que a decisão judicial seja sempre o resultado de uma análise completa e aprofundada das provas, impedindo julgamentos prematuros que possam comprometer a exatidão e a equidade da decisão.