CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015.
Artigo 15
Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Artigo 15 do Código de Processo Civil: A Boa-Fé Processual

O artigo 15 do Código de Processo Civil (CPC) estabelece um princípio fundamental para o andamento justo e eficiente do processo judicial: a boa-fé processual. Em essência, este artigo determina que todos os sujeitos do processo – partes, advogados, juízes e demais auxiliares da justiça – devem agir de acordo com os ditames da boa-fé.

O que significa agir de boa-fé no processo?

Agir de boa-fé significa comportar-se com lealdade, honestidade e colaboração. Isso implica em:

  • Não praticar atos inúteis ou meramente protelatórios: As partes não devem apresentar petições, recursos ou realizar quaisquer outros atos processuais com o único objetivo de atrasar o andamento do processo ou causar ônus desnecessário à outra parte ou ao judiciário.
  • Colaborar para a celeridade processual: Todos devem contribuir para que o processo se desenvolva de forma ágil e sem delongas injustificadas.
  • Ser leal e honesto: As partes não devem tentar enganar o juiz ou a parte contrária, apresentando informações falsas ou omitindo fatos relevantes de forma maliciosa.
  • Respeitar as decisões judiciais: Cumprir as determinações do juiz, mesmo que desfavoráveis, é um reflexo da boa-fé.

Por que a boa-fé processual é importante?

A boa-fé processual é um pilar essencial para a efetividade da justiça. Quando todos agem com lealdade e colaboração, o processo se torna mais:

  • Justo: As decisões são tomadas com base em informações corretas e com a devida consideração de todos os argumentos.
  • Eficiente: Os litígios são resolvidos em tempo razoável, evitando o acúmulo de processos e a frustração das partes.
  • Transparente: O comportamento ético de todos os envolvidos contribui para a credibilidade do sistema judiciário.

Consequências da má-fé processual:

O descumprimento do dever de boa-fé pode acarretar consequências sérias para quem age de má-fé, como a imposição de multas, a condenação ao pagamento de indenizações por perdas e danos causados à parte contrária, e até mesmo outras sanções processuais.

Em suma, o artigo 15 do CPC reforça a ideia de que o processo judicial não é um campo de batalha onde vale tudo, mas sim um instrumento para a busca da pacificação social e da aplicação do direito, que exige um comportamento ético e colaborativo de todos os seus participantes.