ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990.
Artigo 78
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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

A Família Ampliada e o Direito de Convivência Familiar

O artigo 78 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) traz um conceito fundamental para a proteção integral de crianças e adolescentes: o direito à convivência familiar e comunitária. Este artigo não se restringe apenas à família nuclear (pais e filhos), mas abrange um leque mais amplo de relações, reconhecendo a importância da família estendida.

O que significa "família estendida"?

Significa que, além dos pais, avós, tios, irmãos e outros parentes próximos, a convivência familiar também se estende a pessoas que, mesmo sem laços de parentesco, estabeleceram um vínculo de afeto e responsabilidade com a criança ou o adolescente. Isso pode incluir padrinhos, vizinhos que exercem um papel de cuidado, ou qualquer outra figura que, de fato, faça parte do cotidiano e ofereça suporte e amparo.

Por que a convivência familiar é tão importante?

A lei reconhece que a convivência familiar e comunitária é um direito fundamental da criança e do adolescente. Esse convívio é essencial para o seu desenvolvimento saudável, físico, mental, moral, espiritual e social. É no seio familiar e comunitário que se aprendem valores, se constrói a identidade, se adquirem habilidades sociais e se desenvolve o senso de pertencimento.

O Estado tem um papel ativo:

O Estatuto da Criança e do Adolescente não deixa dúvidas de que é responsabilidade do Estado assegurar esse direito. Isso significa que o Poder Público deve criar políticas públicas e desenvolver ações que promovam e garantam a convivência familiar e comunitária, especialmente para aqueles que, por alguma razão, necessitam de proteção especial.

Em resumo, o artigo 78 do ECA nos ensina que:

  • O conceito de família é amplo: abrange não apenas parentes de sangue, mas também pessoas que estabelecem laços de afeto e responsabilidade.
  • A convivência familiar é um direito humano: essencial para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes.
  • O Estado tem o dever de garantir esse direito: por meio de políticas e ações concretas.

Proteger e fortalecer os vínculos familiares e comunitários é, portanto, um pilar indispensável para garantir um futuro mais seguro e promissor para todas as crianças e adolescentes.