CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro DE 1941.
Artigo 727
O juiz pode, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, de observar proibições inerentes à pena acessória ou for irrecorrivelmente condenado, por crime, à pena que não seja privativa da liberdade. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Parágrafo único. Se o juiz não revogar o livramento, deverá advertir o liberado ou exacerbar as condições. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)


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Resumo Jurídico

Desvendando o Artigo 727 do Código de Processo Penal: Uma Visão Clara e Educativa

O artigo 727 do Código de Processo Penal (CPP) traz um detalhe importante sobre a atuação do Ministério Público em determinadas situações. Ele se refere à necessidade de o órgão ministerial ser intimado para participar de atos processuais específicos, garantindo assim a sua atuação como fiscal da lei e defensor da ordem jurídica.

Em essência, o artigo 727 estabelece o seguinte:

  • O Ministério Público deve ser intimado para todos os atos do processo. Isso significa que, em qualquer fase do procedimento penal, se for realizado um ato que demande a presença ou a ciência do Ministério Público, ele precisa ser formalmente comunicado.
  • A intimação é fundamental para a validade do ato. A ausência de intimação do Ministério Público quando exigida por este artigo pode acarretar a nulidade do ato processual realizado. Isso ocorre porque a participação do Ministério Público é vista como essencial para a garantia de um processo justo e legal.

Por que essa intimação é importante?

O Ministério Público, como instituição responsável pela defesa da ordem jurídica, da democracia representativa e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, tem um papel crucial no processo penal. A sua intimação em determinados atos permite que ele:

  • Fiscalize a legalidade dos atos: O membro do Ministério Público pode verificar se os procedimentos estão sendo cumpridos de acordo com a lei, evitando abusos ou irregularidades.
  • Manifeste-se sobre o mérito: Em muitos casos, a presença do Ministério Público permite que ele apresente seus argumentos e opiniões sobre as questões em discussão, contribuindo para a formação da convicção do juiz.
  • Proteja os interesses da sociedade: Ele atua como guardião dos direitos fundamentais e da ordem pública, podendo intervir para garantir que a justiça seja feita.

Em quais situações o artigo 727 é mais relevantemente aplicado?

Embora a redação seja genérica, a sua aplicação se destaca em momentos cruciais do processo, como:

  • Oitivas de testemunhas e interrogatórios: A participação do Ministério Público garante que essas provas sejam colhidas de forma legal e que ele possa fazer perguntas pertinentes.
  • Audiências de instrução e julgamento: Onde a produção de provas ocorre em sua plenitude.
  • Atos de perícia: Acompanhar a produção de provas técnicas pode ser relevante para a atuação ministerial.
  • Decisões que afetem o curso do processo: Em muitas situações, o Ministério Público tem o direito de ser ouvido antes de uma decisão judicial ser proferida.

Em resumo:

O artigo 727 do Código de Processo Penal é uma garantia de que o Ministério Público estará presente e atuante nos momentos chave do processo penal. Sua intimação para participar de determinados atos processuais não é mera formalidade, mas sim um mecanismo essencial para assegurar a lisura, a legalidade e a justiça da persecução penal, protegendo os direitos de todos os envolvidos e da sociedade como um todo. A inobservância dessa exigência pode levar à invalidação do ato processual, demonstrando a importância da norma.