CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro DE 1941.
Artigo 575
Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo.

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ARTIGOS
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Resumo Jurídico

Condução Coercitiva no Processo Penal: O Que Diz o Artigo 575

O artigo 575 do Código de Processo Penal (CPP) trata da condução coercitiva, um instrumento legal que permite que uma pessoa seja levada à presença da autoridade judiciária ou policial, mesmo contra sua vontade, em determinadas situações. Compreender este artigo é fundamental para saber quando e como essa medida pode ser aplicada.

O que é a Condução Coercitiva?

Em termos simples, a condução coercitiva é o ato de forçar a presença de alguém em um determinado local, geralmente para prestar depoimento ou para a realização de algum ato processual. É uma medida de natureza compulsória, ou seja, que se impõe, mesmo que a pessoa não deseje comparecer espontaneamente.

Quando a Condução Coercitiva Pode Ser Aplicada?

O artigo 575 do CPP estabelece as hipóteses em que a condução coercitiva é permitida. Basicamente, ela pode ocorrer quando:

  • A pessoa intimada não comparece: Se uma pessoa é devidamente notificada para comparecer perante a autoridade (juiz, delegado, etc.) e, sem apresentar uma justificativa legalmente aceitável, não o faz, a condução coercitiva pode ser determinada. A intimação, neste caso, é o ato formal que cientifica a pessoa da obrigação de comparecer.
  • A pessoa se recusa a comparecer: Da mesma forma, se a pessoa explicitamente demonstra sua recusa em comparecer, mesmo após ser intimada, a condução coercitiva pode ser o meio para garantir sua presença.

O Objetivo da Condução Coercitiva:

O principal objetivo da condução coercitiva é assegurar a regular tramitação do processo. Ela visa evitar que a falta de comparecimento de uma pessoa prejudique a coleta de provas, a realização de diligências ou o andamento geral da investigação ou do processo judicial.

Importante:

É crucial entender que a condução coercitiva não é uma pena e não deve ser utilizada como forma de punição. É uma medida processual destinada a garantir a eficiência da justiça.

Limites e Garantias:

A condução coercitiva não é um poder ilimitado. Ela deve ser utilizada com prudência e proporcionalidade. A autoridade que determina a condução coercitiva deve sempre observar os princípios do devido processo legal, da legalidade e da razoabilidade.

Em Resumo:

O artigo 575 do CPP prevê que, quando uma pessoa intimada para comparecer perante a autoridade não o faz, sem motivo justo, ou se recusa a comparecer, pode ser determinada sua condução coercitiva. Esta medida visa garantir que a pessoa compareça para os fins do processo, sendo um instrumento para a efetivação da justiça. Contudo, seu uso deve ser sempre pautado pela legalidade e pela necessidade, respeitando as garantias individuais.